Deixei ir como gotas de sabão
bolhas fragmentadas de um amor
soltas no espaço,esvoaçastes como os pássaros
que no ar navegam sem bússolas
querendo o turbilhão quente do enaltecer e crescer
para subir e
adiante despencar do abismo azul profundo da gravidade
Agora.
Deixei ir como bolhas fragmentadas
figura lúdica esférica que ao toque do real se desfaz em
água e banha a costa.
Deixei ir
como se o mais importante fosse observar o desprendido voar
dos reflexos superficiais.
Deixei que se desfizessem as formas
para que a película presente no arco desenhasse quadrados.
Deixei-as existir sob o impulso de um sopro para que morresse por dentro
Agora.
Deixei-as.
(Edu Coutinho)
Nenhum comentário:
Postar um comentário