quinta-feira, 24 de julho de 2014

Era uma tarde nublada. Era época de Monções em Mumbai,onde tudo é imprevisível. O clima la nessas épocas trazia junto consigo mais do que suas chuvas torrenciais e frescas.Também mostrava a prova,de que na vida, a incerteza é a única certeza,quando seus ventos trocavam a direção das velas de acordo com o segundo que passava. Lembro-me que nessa época se acordava animado para o dia que despertava. Agradecia antes de se levantar e pedia proteção para todos os santos. Para os anjos pedia que eles me guiassem nessa jornada e agradecia a graça de se viver O Dia. Acordava excitado com a possibilidade de correr alguns riscos,saia sem guarda-chuva e deixava as oscilações cuidarem de mim. A bússola era energia,era vento molhado no rosto,era eu de cabeça molhada. Lembro-me de como ela brilhava sempre que a Terra girava. Parecia uma Deusa e sorria. Era agua,era diluvio.Era terra na sola.  Não haviam barreiras,so ações e alguns naufrágios,por que a bússola também queria esse deleite.
O tempo passava sem se ver. Vai ver era o costume de viver e não ver. Eram tempos de aprender de ser de v(iv)er de correr. Como aprendi. 
Hoje,aqui em uma tarde nublada também é época de Monções: é tempo de aprender de ser de v(iv)er de correr. Hoje sou você. Feito de (e)us.  Vai ver me encontrei com a vida.