domingo, 3 de maio de 2015

A noite começava,mas já se passava das 22hs. O vento,que soprava ameno,desenhava nas folhas a harmonia da noite. Não se viam as notas,mas se ouvia o doce tilintar dos galhos,pelos movimentos de bateria acústica,que faziam. O olhar era filtrado pelo vidro da janela,que também refletia a fresca lua que lá no alto brilhava. As vezes,até se confundiam as luzes dos altos metálicos,com a do astro. Tudo era tão vivo,que a aquarela que se desenhava, alternava as cores com o segundo do vento. Não havia nada programado,só o pensamento que insistia em dizer que a vida não é agora. Somente questões cortavam esse espaço mágico,pois ali elas se viram em necessidade de mudança. Viajaram alguns segundos para compreenderem que também elas estavam surgindo agora. No ato. No fato de observar a hora. Curiosas,levantaram até o limite do que podiam imaginar; e se viram presas no limite do precipício: A janela. Não conseguiam entender,como sentiam o vento lá fora,sem ventar aqui dentro. Tiveram um choque. E como resposta,as árvores balançavam ofegantes,a intensidade aumentava,na medida que se caminhava para a porta,precipício delas. E como um estouro,sentiram vontade de gritar, de desaparecer, pois mais nada,se compreendia agora. E num surto de desespero, arrombaram a porta. Saltaram do precipício e começaram a chorar vento. Tudo o que se sentia, eram notas musicais ofertadas pelo ato,fato. Voavam tão livres, que se integraram a noite e desapareceram. Abro a janela, sinto uma brisa fresca. A vida vem, sinfonicamente, como resposta e me arrasta adentro no ato. Fato,voava a Vida (d)no Agora.

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